O interesse e os investimentos em energia solar crescem ano a ano, o que em tese deveria beneficiar as fabricantes do setor. Mas não é isso que tem acontecido, ao menos na Europa, em que as empresas padecem em meio à competição com a China.
Desde agosto de 2023, oito empresas das cadeias de suprimentos para a energia solar entraram com pedido de falência ou tiveram que suspender a produção, de acordo com a SolarPower Europe. Isso ocorre mesmo com a União Europeia tendo como meta fazer com que as fontes renováveis respondam por 45% da matriz energética até 2030.
Essas empresas não têm conseguido concorrer com as importações chinesas, que lideram a produção global desses itens.
Essa concorrência tem levado pressão à União Europeia, e os fabricantes pedem algum tipo de intervenção, como aumento de tarifas de importação ou subsídios para a produção dos suprimentos em solo europeu.
Levantamento da consultoria Wood Mackenzie mostra que a China tem o menor custo de produção de painéis de energia solar. O custo por watt produzido fica pouco acima de US$ 0,10. Na Europa, chega a US$ 0,30 e, nos Estados Unidos, a US$ 0,40 – mas os americanos possuem barreiras em relação a importações desses equipamentos provenientes da China.10