Setor de Energia lidera desembolsos do BNDES para descarbonização da economia brasileira

O Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) desembolsou aproximadamente R$95 bilhões para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. O objetivo da instituição federal é alcançar as metas determinadas ao Brasil no acordo de Paris. O país se comprometeu a diminuir a poluição em 48% até 2025, e 53% até 2030.

O setor de Energia lidera o valor investido pelo BNDES neste processo: são R$ 44,69 bilhões. O banco possui diversos programas específicos para o segmento, com foco em geração e distribuição local de energia renovável, no desenvolvimento tecnológico e na cadeia produtiva do setor de energias renováveis, por exemplo.

A expansão e modernização da infraestrutura de geração de energia a partir de fontes renováveis e termelétricas a gás natural no País também faz parte do planejamento de programas de crédito do banco.

Todo o investimento da instituição em descarbonização energética evitou a emissão de 89,2 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2). A quantidade equivale à produção de energia consumida no Estado do Rio de Janeiro por 42 anos.

Foto: BNDES/divulgação

O maior financiamento aprovado pelo BNDES para a geração distribuída de energia renovável ocorreu no primeiro semestre deste anos, quando R$ 700 milhões foram liberados para a para a empresa (re)energisa, antiga Alsol Energias Renováveis, implantar 49 usinas fotovoltaicas nas regiões Centro-Oeste (Mato Grosso e Mato Grosso do Sul) e Sudeste (Minas Gerais e Rio de Janeiro).

De acordo com o BNDES, o projeto é importante para expandir a geração distribuída por fonte solar fotovoltaica no Brasil, com cerca de 144 MW de potência elétrica próxima ao ponto de consumo, de fonte limpa e renovável.

“Esse investimento vai levar energia solar distribuída para 28 municípios, onde serão instaladas 49 usinas que vão beneficiar mais de 4.500 mil micro, pequenas e médias empresas, que poderão compensar o seu consumo e obter economia na conta de energia, além de contribuir para a transição energética”, detalha Luciana Costa, diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES.

Neste segundo semestre de 2023, a instituição disponibilizará R$ 1,8 bilhão para as obras de implantação do complexo da Usina Termelétrica (UTE) Novo Tempo Barcarena, no Pará.  A construção do gasoduto de 3.500 metros e de 7.310 m2 de área do city-gate faz parte do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal. O valor corresponde a 65% do investimento total da Centrais Elétricas Barcarena S.A (CELBA 2).

Foto: CELBA/divulgação

De acordo com o BNDES, este complexo, que terá terminal portuário e usina   termoelétrica a gás natural, possui capacidade instalada de 624 MW e tem como principal missão “transformar a matriz energética da região Norte, com energia suficiente para suprir aproximadamente 2,6 milhões de residências.”

“As termelétricas a gás têm um papel relevante na transição energética, substituindo as usinas de geração a diesel e mantendo a estabilidade do sistema interligado brasileiro, que tem cerca de 90% da geração elétrica baseada em fontes limpas”, destaca Luciana Costa.

O cálculo de valor desembolsado pelo BNDES a iniciativas de redução de emissão de gases poluentes começou a ser feito em 2015, ano da assinatura da principal medida global contra o avanço da temperatura do planeta, e conta com dados até o dia 30 de setembro de 2023. Confira o ranking:

  1. Energia: R$ 44,69 bilhões
  2. Mobilidade Urbana: R$ 25,78 bilhões
  3. Transporte: R$ 14,49 bilhões
  4. Biocombustíveis: R$ 7,01 bilhões
  5. Resíduos Sólidos: R$ 1,46 bilhão
  6. Florestas: R$ 1,45 bilhão
  7. Iluminação Pública: R$ 33,17 milhões

Total: R$ 95,21

Última atualização:  30.09.2023

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