O Brasil é conhecido historicamente como o “pulmão do planeta” por abranger grande parte da Amazônia e pode receber uma injeção econômica para oxigenar as ações de combate às mudanças climáticas. Esta é a proposta que a Câmara Americana de Comércio (Amcham) apresentada na COP 28, em Dubai. A entidade responsável por representar empresas que contemplam um terço do PIB brasileiro possui um portfólio de projetos empresariais de preservação ambiental.
A carteira de iniciativas está centralizada na plataforma do Brasil Pelo Meio Ambiente (BPMA), da Amcham. São 183 iniciativas promovidas por 111 empresas. Este conglomerado soma mais de R$ 31,3 bilhões em investimentos.
“O setor empresarial é um parceiro central do poder público para a preservação do meio ambiente e para o cumprimento das metas de redução de emissões pelo Brasil. Os números do BPMA 2023 confirmam o engajamento empresarial por meio de ações concretas, amplas e de elevado impacto ambiental, social e econômico”, diz Abrão Neto, CEO da Amcham Brasil.
O setor de energia é beneficiado por 54 projetos inscritos na BPMA. No topo da lista de prioridades estão investimentos na diversificação de fontes de energia (41%), redução e otimização de consumo energético (33%), geração de novas alternativas de energia para comercialização (21%).
“O impacto projetado dessas iniciativas é de 7.735,5 GWh de eficiência ou geração de energia renovável, o equivalente para abastecer o Estado do Amazonas por um ano, tendo como base dados 2021 da EPE”, ressalta a Amcham.
Os projetos de sustentabilidade da Câmara de Comércio Americana levam em consideração compromissos e acordos internacionais como o Acordo de Paris, a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, a Convenção sobre Biodiversidade e o Protocolo de Montreal. O cenário interno brasileiro também impacta as decisões.
“Há uma relação importante entre a existência de políticas públicas sobre meio ambiente e as ações empresariais. Por isso, o avanço de iniciativas como a criação do mercado de carbono, a regulamentação da captura de carbono e outros marcos regulatórios em energias limpas podem multiplicar as ações empresariais, com geração de ganhos econômicos e sociais”, explica Abrão Neto.
A COP 28 vai até o dia 12 de dezembro, quando é esperada a apresentação de uma conclusão por parte dos países participantes sobre medidas e acordos para evitar a elevação do nível global da temperatura.
Arte: divulgação/Amcham