Nova Bolsa de energia mostra importância do país no cenário global

A contagem regressiva está aberta: o Brasil terá uma bolsa de energia a partir de junho. O projeto nasce da parceria entre o L4 Venture Builder, fundo independente da B3, e a joint venture europeia N5X. A estreia será fundamentada na hospedagem de dados sobre transações que ocorrem no mercado livre de energia.

“Nossa plataforma é resultado da colaboração com os acionistas e do entendimento das demandas do setor, visando a aumentar a liquidez no mercado de energia do Brasil, seguindo padrões internacionais de excelência e transparência” afirma Dri Barbosa, CEO da N5X.

Porém, o início das operações será tímido. De acordo com a bolsa de energia, serão entre cinco e dez empresas – das 150 – que estão no portfólio que poderão registrar as transações entre elas na plataforma.

Até o final de maio, as principais maneiras de negociar no mercado livre de energia ocorrem por telefone e e-mail. A proposta da N5X é fazer com que as negociações ocorram na plataforma da companhia, o que vai gerar uma padronização que tende a facilitar, acelerar e tornar os fechamentos de contratos mais seguros.

“As transações seguras atingem preços precisos por estarem baseadas em plataformas de padrão internacional com informação imparcial transparente para todos os envolvidos”, afirma nota da instituição.

Tecnicamente, apenas após cumprir estas etapas é que a N5X se tornará de fato a bolsa de energia do Brasil. A companhia terá como concorrente a plataforma Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE), que já está estabelecida no mercado nacional. A empresa registra contratos futuros que estão conectados ao preço da energia elétrica e hospeda um terço dos contratos na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

“Atuamos de maneira integrada, conectada e colaborativa é um dos nossos principais objetivos. Todos os produtos e soluções da N5X serão criados em diálogo direto com as pessoas do setor, empresas participantes e reguladores do mercado de energia brasileiro”, afirma a bolsa de energia.

Para que a N5X atue no registro de contratos futuros, são necessárias autorizações da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e do Banco Central (BC). Ambos devem ocorrer entre 2026 e 2027. A curto prazo, o desafio da bolsa de energia é aumentar a fonte de receita de investimentos. Por enquanto, a única porta de entrada para investimentos é por meio de mensalidade paga pelas empresas que fazem parte da plataforma.

Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Envie seu artigo

Tem sugestões de pautas e/ou artigos e deseja divulgar? Envie-nos e aguarde nosso contato.

Artigos Relacionados