Mercado de energia faz comercializadores investirem em inovação

O alto volume de solicitações feitas por consumidores do grupo A para entrar no mercado livre de energia provoca uma nova onda no setor elétrico: comercializadores passam a investir em projetos de inovação e que proporcionem mais agilidade aos clientes. Os objetivos são reter os que possuem contratos e atrair cada vez mais empresas.

“Uma das lições mais relevantes é transformar energia elétrica em produto, dar características de produto, e simplificar a jornada do consumidor para obtê-lo. Nessa fase, os comercializadores estão desenvolvendo soluções e áreas para acompanhar e reter o consumidor. Estamos em busca de inovação e agilidade. Nesta fase de atacarejo, os comercializadores misturam ‘tavlor made’ com um sistema digitalizado para trazer os 200 mil consumidores potenciais para o mercado livre”, afirmou, José Casadei, diretor de comunicação da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel).

A sustentabilidade é outro elemento que faz parte do escopo dos representantes do setor. O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CDESB) prioriza questões como o preço tarifário.

“Essa é uma de nossas preocupações, a justiça tarifária. A ideia para este ano é discutir os desafios e oportunidades do mercado livre para ampliar a diversificação de fontes. Porém, ao mesmo tempo, reconhecendo o desafio do governo de modicidade tarifária com o mercado cativo. Estamos avaliando como a gente pode trazer elementos para a modernização do setor elétrico com o projeto de lei, entender quais são os elementos de entrave em que o setor empresarial pode atuar coletivamente para incidir”, revelou Viviane Rome, diretora de Clima, Energia e Finanças Sustentáveis da instituição.

A executiva acrescentou, ao detalhar um dos pilares do projeto encabeçado pela CDESB: “A justiça climática é um pilar fundamental. Quando falamos em mercado livre, analisamos os desafios e oportunidades pela oportunidade contratual, a diversidade das fontes renováveis. Isso é fundamental para impulsionar algumas fontes, tanto olhando para as ‘hand fruits’, entender quais são os frutos maduros que o Brasil poderia e deveria alavancar, desde que tenha medias políticas concretas, quanto tecnologias disruptivas, como captura e armazenamento de carbono e bioenergia, por exemplo. Nosso maior desafio é a construção de convergência em meio aos desafios políticos”, concluiu.

Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Envie seu artigo

Tem sugestões de pautas e/ou artigos e deseja divulgar? Envie-nos e aguarde nosso contato.

Artigos Relacionados