Um país com clima tropical, litoral extenso e desejado por turistas e que tem diversos tipos de cenários como o deserto, além de neve. É nesse lugar, na Austrália, que está a única estufa solar transparente do mundo com capacidade de reduzir o consumo de energia em 40%. O resultado foi alcançado após dois anos de trabalho dos pesquisadores da universidade de Murdoch.
O projeto, de coautoria do professor David Goodfield, gerou energia consistente e compensou significativamente os custos e o consumo de energia das instalações. De acordo com a universidade, estes fatores são frutos de “partículas fluorescentes na solução de vidro transparente projetadas para espalhar a energia solar em direção às células solares posicionadas de maneira ideal, permitindo que a energia solar seja capturada mesmo sem o sol brilhar diretamente sobre o vidro”.
A estrutura transparente foi construída pela empresa ClearVue Technologies e é formada por três tipos diferentes de painéis solares fotovoltaicos transparentes para otimizar a energia solar. “A estratégia de pesquisa se concentra na alimentação, na saúde e no ambiente, e nas interligações entre cada um”, disse o professor Leinonen. que também faz parte da equipe.
O pró-vice-chanceler de sustentabilidade da Universidade Murdoch, doutor Martin Brueckner, disse que a estufa deu uma “contribuição vital” para o objetivo da universidade de alcançar a neutralidade de carbono até 2030.
“Embora a tecnologia por si só, sem mudança comportamental, seja insuficiente na nossa busca pela sustentabilidade futura, é um aspecto crítico da nossa jornada de sustentabilidade. Estou entusiasmado, especialmente na área de materiais, com as possibilidades e aplicações futuras”, disse o doutor Brueckner.
O conhecimento adquirido com o estudo vai contribuir para avanços que deverão expandir a utilização da energia solar, fator que faz parte dos objetivos da Universidade Murdoch para se tornar um centro de excelência reconhecido para a sustentabilidade.