Crescimento de 12,8% até 2040 e injeção anual de US$12,5 bilhões. Estes são os números da projeção feita para o setor de armazenamento de energia no Brasil. Os cálculos foram feitos pela CELA, consultoria especializada em fusões e aquisições (M&A) e Estratégia Financeira focada em energias renováveis, com base na análise de diversos estudos disponibilizados no mercado.
“Isso poderia resultar em uma capacidade total de até 7,2 GW. No entanto, com incentivos adequados, regulamentações bem definidas e metas estabelecidas, esse potencial poderia ser ampliado para até 18,2 GW de capacidade, sem considerar o potencial dos sistemas behind the meter”, aponta um trecho do relatório divulgado.
Camila Ramos, CEO e fundadora da CELA Clean Energy Latin America, explica que as baterias têm uma característica adicional de capacidade de energia, que pode ser medida em MWh ou GWh. “Isso irá depender das características operacionais de cada projeto, portanto para projeções é uma característica mais complexa de se obter, uma vez que irá depender da operacionalização do sistema (caso esteja conectada na rede) ou da carga que a bateria está abastecendo”.
Para alcançar os números, a empresa analisa que é necessário haver metas claras para os sistemas de armazenamento, além de “investimentos em pesquisa e desenvolvimento, consolidação de regulamentações e estabelecimento de ajustes fiscais”.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) prevê que a discussão sobre a regulamentação comece no primeiro semestre deste ano, com conclusão para 2027. O cronograma faz parte de um roadmap regulatório publicado pela agência. “É preciso que o Brasil utilize suas ferramentas, como os Leilões de Reserva de Capacidade por Potência, desenvolva uma segurança regulatória para o mercado e estabeleça metas para que o mercado de armazenamento de energia se desenvolva em todo seu potencial”, indica a CELA.