O Brasil é um dos países com mais consumidores engajados no uso de energias limpas. Mais da metade é vista como entusiasta do tema, segundo pesquisa da consultoria EY. Por outro lado, o país ainda tem uma baixa “alfabetização energética”, que é a compreensão que se tem sobre a transição energética.
Essa combinação entre engajamento com energias limpas e o conhecimento sobre o tema faz com que o Brasil configure em quarto no ranking de “índice de confiança” ad pesquisa, com 68,6 pontos. Em um índice que vai até 100, a média global é de 58,7 pontos. A liderança está com a China (76), seguida por Indonésia (72,2) e Malásia (69,4).
“O fato de o Brasil estar nas primeiras posições globais do ranking confirma que há um grande espaço para desenvolvimento e crescimento de novos modelos de negócios em todos os elos da cadeia, sejam públicos, privados ou mistos”, avalia Miguel Leão, sócio de Business Consulting da EY Brasil.
A pesquisa “Energy Transition Consumer Insights” foi realizada ao longo de três anos em 21 países. Ao todo, foram ouvidos 100 mil consumidores.
Na avaliação Leão, esse engajamento é importante porque o sucesso da transição energética passa pelo comportamento do consumidor.
A pesquisa divide os consumidores entre aliados, espectadores, novatos, entusiastas e campeões. No Brasil, 35% foram classificados como entusiastas e 22% como campeões. Os dois perfis são considerados altamente engajados e são os que fazem ou podem fazer mudanças significativas no estilo de vida.